Edição Do Domingo, 06 De Setembro De 1953, Página 5

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Edição Do Domingo, 06 De Setembro De 1953, Página 5

Edição Do Domingo, 06 De Setembro De 1953, Página 5 1

Página 5 A VANGUARDA ESP/. Na geografia espiritual da Catalunha, não neste momento da de | Portugal, só se fez notar com uma nota turva de lado a lado dos séculos. Tortosa r.ou teve apenas um poeta que soubesse discutir com a voz de nossa terra.

Um dia, é correto, a “entimos pela poesia de Vicente Ferrer, contudo soou chocarrera, e fétido; era só uma nota, e a pior, e mal conseguimos distinguir. Amortajadla, criancinhas. Ventos, amortajadla. Vejamos esta saudação a Dali, quem sabe um de seus poe – porém, mais lindos e mais bem conseguidos, apesar desta gabando insistem – cia em jogar com os novos sinais, como de quem acabou de deixar o seu significado.

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Não imagino se Dali é como diz o poeta, todavia é, sim, como aparecia aparecer: Sonâmbulo e terrível: Você chega sonâmbulo e terrível Desde o escuro febre de tuas ilhas. Vergés. na sua ingenuidade, oferece viajante de outro mundo, e nos torna trágica e real a tua solidão, sem esse a’.go de teatro que a toda a hora achamos !

Dalí, sempre sobre a cena; Vergés há de Gala tudo aquilo que o artista nos alegou que foi a vencedora das esfinges, a mão er. Antígona, a vencedora. E, vemos avançar pro pintor de Cadaqués. A tarde deshojaba rosas mustias no verde vidro das clepsidras, surpreendendo de trágicas esfinges, da mão-de-Gala tu visualizar.ías. Há muita insegurança, sim, e algum vexame em outros poemas, como, a título de exemplo, em suas interrogaciones de criancinha diante do Mistério.

Mas terá sempre, em tais tópicos, o pedido de desculpas de tua juventude. Cruz, o insuperável, o ótimo. Sobre esta voz de suavidades e elegancias íntimas, me ! ta, de Jesus Masip. A voz de Masip me chegou com o | a soar os ventos de nossa terra, mas bem como com o suave sopro das brisas, e com um tremor de nostalgias recônditas. Nessa Antologia dos ventos” percebe-se, principlamente, a voz de nossos ventos, de uma voz, bem como pra mim, famosíssima. Eu também como o poeta nas noites de inverno—, acaso, perto ao fogo — tenho significado o fôlego de – vastador nesse mistral, que se passava. Corneando inglês da noite ” Touro de voz, mistral, dono do vale!

É o mesmo que eu senti tocar — o — próximo com meus sonhos de criança, lá pela minha cidade, me escoltando — llamándome, quem sabe — tocando ali na minha alma, nas violências dos meus sonhos, formando com eles um alto e harmonioso contraponto.

Não lhe quebra um junco que lhe doa, nem sequer um tanto. Não dês às tuas sandálias e silício, vento sudeste, companheiro de minha infância! Nós sopra, sopra, levante — reclamação — coração. Sopra, oeste, meio-dia, mistral: sopra garbín que no poço de todos os vossos nomes, localizei a minha água mais contrário. Quem não leu as rimas de Becquer? Pouco” espanhóis existem que não saibam de memória, ao menos, um par de versos de cada uma delas.