Eu, O Lazarillo De Torpe

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Eu, O Lazarillo De Torpe

Eu, O Lazarillo De Torpe 1

Fui filho único até os 13 anos de idade em um universo sem alienantes aparelhos eletrônicos que maquillasen os devastadores efeitos da solidão, desta maneira que meus primeiros grandes amigos foram os quadrinhos. Qual a melhor de sempre companheiro para falar sobre este tema os invernos frios? Daí passei para os livros e, como toda gente sabe, quem muito lê logo escreve.

Bem como é sabido que, se alguém quer dispensar-se à literatura a sua primeira estratégia deve ser procurar outra fonte de renda. Após sair de um curso de Correto que me ficaram mais chato que um degelo pela tundra me decidi pela Filosofia e, como receber a vida pensando além de chato, é bastante complicado, eu comecei a ensiná-la.

Há agora 30 anos de aquilo. Entrei, dado que, pela docência quase por sorte e fiquei por paixão (para ser sincero, também em consequência a das férias). Almejo que o que até por aqui tenho contado sirva para captar a minha alegria quando me surgiu a escolha de combinar a literatura e educação em um livro.

As alternativas são diversas, entretanto como não há dúvida que minha profissão de professor é a mais significativo do universo (tanto que é a única indispensável para que exista cada outra), decidi aproximar-se a minha experiência desde o humor e a ironia, Os tratados pedagógicos são tijolos infumables e as biografias são tão chatas como o Justo.

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Por outro lado, trinta anos dão para muito, tendo em conta que uma das maiores vantagens que tem que trabalhar como professor do instituto é que não há tédio. Não existem duas manhãs parecidos, porque é estatisticamente improvável que, convivendo mais de 500 jovens em um espaço tão reduzido, uma pessoa não cometa a cada dia um disparate de magnitude distinto pela escala baralho burrada. Logo após, recebe, como precisa ser a todo professor, seu mote parecido, que, por ser magro e ruivo não será outro que Zanahorio. O que têm que fazer é mandar mais tarefas pra que os fedelhos não percam tempo em casa, passam a tarde sem fazer nada, só brincos do móvel. E as manhãs, é o que eu digo.

O que têm que fazer é mandar menos tarefas, que os caras estão sobrecarregados e não tem tempo nem sequer de respirar. Pois que teu filho nunca traz feitas. É que o boteco tinha uma pequena máquina em que se podia soprar pra saber o teu grau de álcool. Fizemos uma aposta pra visualizar quem subia mais.